Nem toda modernidade é sinal de evolução. Assim como nem toda invenção se traduz em benefícios para a humanidade. Muitas, pelo contrário, transferem para a sociedade um custo bastante alto, a exemplo de produtos que dependem de uma forte demanda de recursos naturais para serem produzidos.
Outras invenções, numa escala ainda mais comprometedora, diz respeito a produtos de difícil destinação final e nem sempre possíveis de passarem por um processo de reciclagem depois de cumpridos seus ciclos de vida.
Reciclagem complicada – Nos últimos tempos, o caso mais emblemático parece ser o das cápsulas de café, que a bem da comodidade alegada por seus usuários, trouxe um problemão para o meio ambiente.
A complexidade de se reciclar as cápsulas de café, fabricadas com materiais difíceis de serem fracionados e do alto custo da reciclagem desse tipo de produto tem como resultado as quase 8 mil toneladas de cápsulas consumidas anualmente no Brasil vão parar nos aterros sanitários, que, como todos sabem, são poucos e estão aquém de atender as necessidades dos municípios, além de estarem abarrotados de material.
Produtos vistos por inteiro – Considerando que a natureza é a fonte de matéria-prima que dá origem aos produtos, cada vez mais será necessário consumir menos ou, no mínimo, escolher produtos que causem menor impacto ao ambiente. Essa é a razão que está levando muitas pessoas a adotarem hábitos antigos e prazerosos, como coar o café em pano ou em filtros de papel que se decompõem facilmente, por serem biodegradáveis. Em todo o mundo, há um séquito de gente buscando adotar práticas mais sustentáveis. Mas para aqueles que optam pelo meio termo, algumas cafeterias estão oferecendo o coador de pano individual.
Ao se indagar sobre um produto, é possível vê-lo em toda a sua extensão, no todo e nas partes, na origem e na ponta, quando ele está novo em folha e, mais tarde, quando seu ciclo de vida se encerra e ele torna-se lixo.
Fonte: Blog do lixo
Foto: Divulgação