Inteligência artificial e meio ambiente: como a tecnologia pode auxiliar na preservação

O uso da tecnologia vem sendo cada vez mais popularizado no dia a dia da população, proporcionando benefícios, quando bem direcionado. Nessa esteira, cresce também a relação entre inteligência artificial (IA) e meio ambiente, uma parceria que pode colher bons frutos quando o assunto é preservação do planeta.

Neste artigo, explicaremos um pouco do conceito de inteligência artificial (IA) e suas aplicações, como essa tecnologia pode auxiliar na preservação ambiental e alguns exemplos práticos da sua utilização para esse fim. Acompanhe!

O que é inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) é a capacidade de sistemas ou máquinas imitarem a inteligência humana para realizar tarefas e se aprimorar continuamente com base em informações que coletam e processam. Trata-se de uma área dentro da Ciência da Computação que busca a realização de atividades inteligentes pelas máquinas, desde as mais simples até as mais complexas e em grande escala.

A área da IA é bastante extensa e compreendo todo o universo de tecnologias que simulam a inteligência humana. Dentro dessa área existem subconjuntos como aprendizado de máquina (machine learning) e aprendizagem profunda (deep learning).

Vale ressaltar que muitas soluções de IA se utilizam tanto de aprendizado de máquina quanto de aprendizagem profunda para sua execução, de acordo com a necessidade e conforme o objetivo dos resultados a serem alcançados. Alguns exemplos de utilização de inteligência artificial são reconhecimento de fala ou imagem, sistemas de recomendação em sites e aplicativos, modelos de processamento de linguagem como chatbots ou assistentes virtuais, robôs para tarefas domésticas etc.

Machine Learning

O aprendizado de máquina, ou machine learning, é o subconjunto dentro da IA com foco na capacidade de fazer as máquinas aprenderem por conta própria e, por meio de algoritmos, tomarem decisões com base nos dados que que receberam.

Deep Learning

A aprendizagem profunda, ou deep learning, é outro subconjunto da IA, porém com foco em algoritmos em camadas que formam redes neurais artificiais para tomadas de decisão inteligentes e por conta própria. De modo geral, a aprendizagem profunda é mais complexa que o aprendizado de máquina.

Aplicação de IA para sustentabilidade

O uso da inteligência artificial pode representar um ganho em situações de sustentabilidade, tanto por empresas quanto por pessoas e por agentes profissionais. Alguns exemplos de modo macro são a utilização na agricultura de precisão, cadeia de suprimentos sustentáveis, monitoramento de desastres ambientais, entre outras.

De acordo com pesquisa da PWC, estima-se que a relação inteligência artificial e meio ambiente seja fortalecida pois o uso de IA para aplicações ambientais pode contribuir com até 5,2 trilhões de dólares para a economia global em 2030. Aplicações inteligentes podem reduzir emissões mundiais de gases do efeito estufa em 4% até 2030.

Soluções para mudanças climáticas

Essa contribuição da inteligência artificial traz boas perspectivas para os problemas de mudanças climáticas, na medida em que as possibilidades incluem construções mais eficientes em termos de energia, criação de novos materiais com diminuição de carbono, melhor monitoramento do desmatamento, transportes mais ecológicos.

Os modelos de previsão para o clima já vêm recebendo benefícios do uso da IA, visto que ela pode promover melhores resultados a partir de grandes quantidades de simulações climáticas. A melhoria compreende diversas áreas como ganho nas previsões de fenômenos extremos, paleoclimatologia (estudo e reconstrução dos climas passados), previsões meteorológicas hiperlocalizadas, utilização de modelos em grande escala e quantidade informacional.

Inteligência artificial e meio ambiente: exemplos práticos

Existem alguns exemplos de projetos no mundo, com foco especificamente na preservação, que fazem utilização direta de ferramentas de IA. Vamos conhecer?

  • Guardiões da Floresta – projeto para ajudar na preservação da raposa de Darwin, uma espécie nativa do Chile. Um sistema de monitoramento acústico acompanha e identifica animais pelo som, capaz de detectar ameaças. Os equipamentos, instalados no alto das árvores, enviam dados para o armazenamento na nuvem, onde a inteligência artificial analisa e entrega dados de forma rápida.
  • Árvores em Manhattan – projeto utiliza tecnologia para identificar, mapear e medir com precisão a quantidade de carbono armazenado pelas árvores na região de Manhattan, nos Estados Unidos. Por meio de IA, os dados são analisados e processados ajudando planejadores urbanos e ambientalistas a determinar quais árvores são necessárias e em quais locais para melhorar a qualidade do ar.
  • Praias da Austrália – projeto utiliza IA para preservar praias que estão sumindo por conta das ondas puxando a areia. O sistema analisa as pradarias marinhas, plantas que ajudam na fização da areia.
  • PrimNet de Michigan – projeto faz uso de um aplicativo que usa redes neurais para encontrar primatas em extinção no mundo todo. O aplicativo pode ser utilizado para reconhecer um animal e registrar dados, ajudando a melhorar informações para focar esforços no combate a crimes ambientais contra os primatas.
  • Queimadas na Amazônia – projeto utiliza IA para detectar focos de incêndio a dezenas de quilômetros, por meio de equipamentos instalados em torres. O sistema, além de identificar chamas e recolher dados, pode ajudar a prever possibilidades de novos focos.