Latinha reciclada pode demorar apenas 28 dias para voltar às prateleiras

Uma lata de alumínio corretamente descartada e reciclada pode demorar apenas 28 dias para ser recolocada às prateleiras, de acordo com informação da Associação Brasileira de Alumínio (Abal). Isso é possível porque sua cadeia de reciclagem funciona em ciclo fechado, sem que o produto perca suas características. Em média, as latinhas demoram 60 dias para serem reaproveitadas e colocadas novamente no mercado.

Há mais de dez anos, o Brasil está entre os países com maior índice de reciclagem de latinhas, chegando a 97,7% de aproveitamento, à frente de países considerados modelo como a Alemanha e o Japão. O país também possui o maior centro de laminação e reciclagem do produto, localizado em uma indústria na cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo.

Geração de renda e economia

Outro fator importante da cadeia de reciclagem do alumínio é a sua capacidade de gerar renda, desde a coleta até a recolocação do produto. Estima-se que cerca de 250 mil pessoas participem diretamente desse ciclo, que inicia com catadores e suas cooperativas, alinhados com a indústria do alumínio. Desde 2016, segundo a Abal, foram injetados quase R$ 1 bilhão na economia brasileira, oriundos da etapa de coleta.

A economia de energia também é condição para que se reciclem as latas de alumínio. A produção do metal secundário, originado da reciclagem, consome apenas 5% da energia elétrica necessária para produzir o metal primário, extraído da bauxita. Isso representa cerca de 1% de economia em toda a geração de energia elétrica do Brasil.


Como separar corretamente o lixo

Em casa ou na rua, a principal divisão dos resíduos entre orgânico e reciclável é algo básico: nunca deve-se descartar juntos materiais que podem ser utilizados em reciclagem e ingredientes orgânicos. É muito importante seguir à risca essa separação.

  • Recicláveis x Orgânicos

No grupo dos recicláveis, você deve descartar todos aqueles materiais que não se decompõem com facilidade. Exemplos: latinhas de alumínio, caixas de leite, garrafas pet, embalagens de papelão, papéis não sujos, sacos e sacolas plásticas, vidros (devidamente acondicionados), potes de alimentos (sem restos), metais, etc.

No outro grupo, apenas os orgânicos, como: sobras de comida (animais ou vegetais), cascas de frutas, cascas de ovos, ossos, papel higiênico ou papel toalha usados, absorventes, guardanapos, sacos de café ou chá, sementes, etc.

  • Outros tipos de lixo

Até aí, tudo bem. Esses materiais mais conhecidos são mais fáceis de serem separados em recicláveis e orgânicos, embora muitas pessoas ainda não o façam. Mas, e quanto a alguns tipos de elementos não tão comuns, o que devemos fazer? Vamos ver alguns casos.

Óleo de cozinha

Jamais despeje o óleo de cozinha (de qualquer tipo) na pia ou no vaso sanitário, pois além de prejudicar a natureza, você poderá ter problemas sérios de entupimentos na sua rede de esgoto. O óleo descartado diretamente na natureza pega carona com a água das chuvas e prejudica a sua absorção de oxigênio, causando males a plantas e animais.

Mantenha sempre uma garrafa de plástico na cozinha para ir descartando o óleo usado. Quando ela encher, procure pontos de coleta desse material.

Eletrônicos e eletrodomésticos

Jamais jogue por aí aquela televisão que estragou ou a batedeira que pifou. Equipamentos eletrônicos possuem em sua composição elementos que podem ser altamente prejudiciais ao solo, ao ar e à água.

Para descartar esse tipo de material, contate com a empresa de recolhimento de lixo ou a prefeitura e confirme qual deve ser o procedimento, pois isso varia bastante dependendo da cidade.

Remédios

É comum que pessoas joguem remédios no lixo orgânico ou no seletivo. O caso é que medicamentos podem conter substâncias químicas altamente prejudiciais á natureza. Por isso, o indicado é levar sobras de remédios ou medicamentos vencidos a centros de coleta ou farmácias.

Lâmpadas

Não descarte lâmpadas como se fosse qualquer coisa. Dentro delas, normalmente há materiais químicos, além de serem feitas de vidro, que se quebra, pode machucar alguém.

Você pode descartar lâmpadas (assim como vidros) no lixo reciclável, mas procure acomodá-las em caixas ou embalagens identificadas, para que o coletor não se machuque. Outra opção é procurar pontos de coleta de lâmpadas velhas, em supermercados.

Pilhas e baterias

Descartá-las de maneira inadequada é muito prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Atualmente, a tecnologia desses produtos evoluiu muito, mas mesmo assim, pilhas e baterias não devem ser simplesmente jogadas em qualquer canto.

Procure um posto de recolhimento desse tipo de material, que normalmente ficam sediados em supermercados, farmácias, shoppings, etc.

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